O presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS) – entidade que representa as instituições de saúde, inclusive clínicas e hospitais – José Carlos Abrahão, disse que o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), autorizado pelo Ministério da Saúde, não atenderá à necessidade do setor. Segundo ele, nem mesmo o reajuste que seria dado pelo ex-ministro Humberto Costa, suspenso há dois meses pelo novo ministério, seria suficiente.
O impacto financeiro do reajuste anterior causaria era estimado em R$ 402 milhões e o do reajuste autorizado pelo ministro Saraiva Felipe está previsto em R$ 226 milhões.
"O setor já passa uma dificuldade muito significativa. O reajuste que foi apresentado pelo ministério do Humberto Costa já não atendia e o deste ministério fica ainda mais difícil. Os projetos das instituições filantrópicas foram parcialmente adiados e isso torna a situação do setor ainda mais complicada. Esperamos que o novo ministro possa reavaliar isso até porque a média complexidade ficou sem reajuste, a parte de exames laboratoriais, entre outras", afirmou Abrahão.
O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Antônio Brito, disse que também não ficou satisfeito com o reajuste. "O reajuste não foi suficiente. Esperávamos no mínimo o que havia sido publicado em julho, que eram os R$ 402 milhões, porque era o primeiro passo para a recomposição das tabelas e os reajustes seriam dados na média complexidade. O que vimos é que os valores não só foram bem menores como não atenderam nem ao pleito que foi reivindicado em julho", criticou.
O reajuste médio da nova tabela do SUS, publicada segunda-feira (12) no Diário Oficial da União, foi de 10%.