A Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) lançou uma proposta de reajuste salarial para tentar por fim ao impasse entre a classe patronal e os trabalhadores nas indústrias químicas de Alagoas e Sergipe.
Na audiência realizada ontem na PRT, a procuradora do Trabalho, Vanda Lustosa, propôs 8,07% de aumento e um percentual de 34,62% de Participação nos Lucros e Resultados
(PLR). Mas o desfecho só deverá acontecer no próximo dia 30, quando está marcado um novo encontro na PRT, às 15 horas.
As empresas que participaram da audiência – Profertil, Fertial, JOTAELE, Bunge Fertilizantes – e o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (SIACAN) concordaram com a proposta. No entanto, os representantes do
Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE) levaram a proposta para ser analisada pela categoria em assembléia.
De acordo com a procuradora, essa proposta não atende, de forma ampla, a reivindicação dos trabalhadores, mas é uma forma de abrir o canal de negociação, porque havia um impasse e não se conseguia avançar. “mas veja bem, minha proposta foi em relação às cláusulas econômicas constantes no acordo
coletivo 2005/2006, mantendo-se, assim, as cláusulas sociais”, explicou.
Na pauta de reivindicações, aprovada em assembléia da categoria, os trabalhadores pedem reajuste salarial de 13,1; piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese – R$ 1.472,00; e a PLR no valor de dois salários mínimos. Eles exigem respostas aos demais pontos da pauta: plano de saúde, alimentação e transporte gratuitos.