O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL) deve assumir hoje como titular, caso Severino Cavalcanti (PP-PE) renuncie ao mandato. Nonô deverá permanecer na presidência por cinco sessões, que é o prazo para a eleição de um novo titular.
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, está sendo pressionado por seus colegas, que reputaram como "insustentável" sua permanência na posição após a confirmação das denúncias por um dos pivôs da crise: o empresário Sebastião Buani.
Cavalcanti está no centro do mais recente escândalo do Congresso: a denúncia de que recebeu propina para estender a concessão de um restaurante da Câmara.
A denúncia foi publicada pela revistas semanais há cerca de 15 dias e inicialmente não foi confirmada pelo próprio Buani. O empresário, no entanto, voltou atrás e confirmou em entrevista coletiva o pagamento de propina ao presidente da Câmara, na época em que ele era primeiro-secretário da Casa. Ele afirmou que, em troca da exploração de restaurantes, entregou ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003.
Pouco antes, a revista "Veja" publicou em seu site um documento assinado por Severino em 2002, que supostamente estendia o período de concessão para o restaurante de Buani. A publicação afirmou que o documento foi periciado por um especialista, que garantiu sua legitimidade. Severino negou todas as acusações.
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti faz discurso no plenário da Casa, às 16h30.