O secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Paes, afirma que a experiência da gestão descentralizada de políticas para a saúde e educação facilitou a expansão do programa Bolsa Família, que chegou a todos os municípios do país. "No Brasil, toda execução de políticas públicas é feita pela prefeitura. O município teve que se tornar capaz e nós nos beneficiamos disso".
Segundo o ministério, um levantamento feito em várias cidades, principalmente nas mais pobres e que dependem dos repasses federais ou estaduais, indicou que o impacto do Bolsa Família na economia local é positivo. "O impacto sobre a economia dos municípios pequenos é visível, sobretudo os que têm população rural mais expressiva. O Bolsa Família está transferindo recursos para famílias pobres e essas famílias fazem compras nos pequenos mercados e, dessa forma, aquecem a economia local". O secretário diz que esse quadro pode ser notado na região Nordeste, especialmente no semi-árido.
O ministério pretende também integrar as políticas de saúde, educação e assistência social. "Queremos não só estender a cobertura, mas também qualificar o atendimento", diz Rômulo Paes. De acordo com o secretário, a idéia é apoiar programas de outros ministérios como os de geração de trabalho e renda, de acesso ao crédito e estímulo ao cooperativismo.