A bancada do PL se reúne hoje para tentar definir o rumo da legenda na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. João Caldas (PL-AL) lançou sua campanha logo depois da renúncia do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) ao mandato e à presidência da Casa, mas seu nome pode ser substituído por Inocêncio Oliveira (PE).
Integrantes do PL argumentam que Caldas não tem um perfil agregador e, portanto, poderia dissipar os votos da legenda. Líderes governistas diziam, inclusive, que a candidatura de Caldas geraria defecções e o candidato da base, Aldo Rebelo (PC do B-SP) seria beneficiado.
Inocêncio Oliveira se elegeu deputado federal nas últimas eleições pelo PFL, migrou para o PMDB para garantir um cargo na Mesa Diretora da Câmara e, recentemente, assinou a ficha de filiação do PL.
A despeito de uma decisão dos integrantes da bancada, os líderes do PTB, PP e PL se reúnem no final do dia na tentativa de uma candidatura única que congregasse os votos das três legendas. Juntos, esses partidos teriam 144 votos, caso as bancadas votassem unidas.
O líder do PTB, José Múcio (PE), afirmou que manterá a candidatura de Luiz Antonio Fleury Filho (SP) e só negociará um acordo no segundo turno das eleições.
Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara, tem a mesma posição. João Caldas, se não for substituído por Inocêncio, também finca posição e diz que disputará o primeiro turno. Os governistas contam com a divisão para garantir Aldo Rebelo no segundo turno das eleições.
