Vacinação contra a aftosa começa na sexta

Alagoas dá início nesta semana à segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa, com a esperança de obter melhores resultados que os alcançados em abril. A expectativa de atingir a meta de 80% das declarações do rebanho em 100% dos municípios recai sobre a lei de sanidade animal, aprovada recentemente pelo Estado e que chega com o papel de punir os criadores que não vacinarem e declararem em tempo hábil (10 dias após o fim da vacinação).

A campanha será lançada nesta sexta-feira, 30, e a vacinação se estende por todo o mês de outubro. Embora ainda restem dúvidas sobre a aplicação e punições a serem aplicadas aos seus descumpridores, a lei de sanidade animal já trouxe um resultado positivo: receio aos criadores que não declararam as vacinas, já que agora eles passam a sofrer punições que vai de uma simples multa até mesmo o sacrifício de animais.

A partir desta segunda-feira, 26, a Secretaria de Agricultura realiza três fóruns com os secretários municipais, visando pedir a participação dos municípios na luta para tirar Alagoas da área de risco desconhecido. Maceió, Arapiraca e Santana do Ipanema foram os municípios escolhidos. Na última semana, os prefeitos se prontificaram a apoiar e ajudar na campanha.

Receio

O maior receio atual dos produtores alagoanos é que Pernambuco saía da situação de risco desconhecido, e assim deixe Alagoas ilhada – já que a fronteira com Sergipe está fechada. Assim, todo o produto de origem animal não poderá ser comercializado em outro Estado.

Para o secretário de Agricultura, Kleber Torres, a expectativa é que Alagoas alcance a meta dos 80% já nesta vacinação, embora ele mesmo deixe transparecer alguma dúvida se ocorrerá. "Tenho quase certeza que vamos conseguir", afirma. A "certeza" ele tem para a vacinação do próximo ano. "Nessa eu tenho certeza absoluta, mas nossa meta é chegar agora ao percentual de 80%", ressalta.

A novidade para a campanha de outubro, segundo Torres, é divisão de forças que a secretaria vai adotar. "Vamos nos dividir e montar coordenações regionais para acompanhar o processo de vacinação", explica. Na campanha do primeiro semestre, apenas 63% a secretaria recebeu a declaração de vacina de apenas 63% do rebanho (563 mil). Mesmo assim, alguns municípios chegaram a ter declaração de apenas 1% do rebanho, o que põe por terra o sonho de avançar na classificação.

Criadores

Mas se a lei é a esperança do poder público para o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Edílson Maia, a legislação ainda não chegou ao conhecimento de boa parte dos produtores, o que pode trazer frustração ao final da etapa.

"A lei é boa, era muito esperada, mas faltam esclarecimentos à sociedade e aos criadores. O importante dessa lei é que ela não venha só para punir o criador, mas sim explicar a importância da vacina e da declaração", ressalta.

Veja Mais

Deixe um comentário