A Secretaria Executiva de Saúde realiza, hoje e amanhã, no auditório do Hotel San Marino, na Jatiúca, em Maceió, um curso de capacitação destinado aos profissionais de nível superior dos 39 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Alagoas – 17 já implantados e 22 em fase de implantação.
Dividido em dois módulos – a segunda parte será realizada nos dias 3, 4 e 5 de outubro –, o curso tem como objetivo oferecer conhecimentos acerca da reorganização dos serviços e das ações a serem desenvolvidas pela rede de atenção em saúde mental que vem sendo efetivada em toda Alagoas pelas secretarias estadual e municipais de Saúde, de acordo com os princípios do SUS e da reforma psiquiátrica estabelecida pela Lei 10.216/01.
Segundo o psicólogo Berto Gonçalo, coordenador do Projeto de Saúde Mental (Prosam), além de conceitos, práticas e conhecimentos específicos sobre as origens e atualidades dos determinantes da política de saúde mental do País, essa capacitação vai proporcionar aos participantes a oportunidade de trocarem experiências sobre suas práticas.
“O novo modelo assistencial exige dos profissionais posturas terapêuticas diferenciadas, centradas na constante busca da reabilitação psicossocial das pessoas portadoras de transtornos mentais e, nenhuma política se implanta se não houver atores comprometidos e capacitados para o cotidiano de sua viabilização”, expôs Berto Gonçalo, que considera o curso um investimento no desempenho e na motivação desses profissionais.
Serão instrutores da capacitação Pedro Gabriel Delgado, coordenador nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde (MS); Ana Pitta, professora doutora e consultora do ministério; Ana Raquel Santiago, coordenadora da área de Saúde Mental de Aracaju; Marcela Lucena, assessora técnica do ministério e Berto Gonçalo, coordenador do Programa de Saúde Mental em Alagoas.
Os centros oferecem, prioritariamente, atendimento a portadores de transtornos mentais severos e persistentes em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não intensivo.
Para que disponha desse tipo de serviço o município precisa ter população igual ou superior a 20 mil habitantes e o gestor deve formalizar suas equipes de saúde mental que, de acordo com portaria do ministério deve ser composta de psiquiatra ou médico generalista treinado, psicólogo, farmacêutico, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, auxiliares de enfermagem e da área administrativa.
Cada Caps recebe R$ 20 mil, como incentivo de implantação. O município entre com o local e os recursos humanos e o Estado capacita os profissionais e oferece apoio técnico – planejamento, elaboração e acompanhamento de projetos.