A juíza Sílvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal paulista, deverá decidir no final da tarde de hoje sobre o pedido de revogação da prisão preventiva do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e de seu filho Flávio.
Antes de ser encaminhado à juíza anteontem, o pedido foi apreciado pelo MPF (Ministério Público Federal), que deu parecer contrário à revogação.
Acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha, os Maluf estão presos na sede da Superintendência da Polícia Federal há 19 dias. A prisão preventiva dos dois tem prazo indeterminado e foi aceita por Sílvia no dia 9 de setembro.
O pedido, apresentado segunda-feira pelos advogados de defesa dos Maluf, chegou às mãos da juíza na noite da última terça-feira. A expectativa era que ele fosse analisado ontem mesmo, mas por ter retornado de férias na mesma data, Silvia teria passado o dia em audiências e não teve tempo de julgá-lo.
Na solicitação, a defesa argumentou que o interrogatório do doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi –que teria operado para a família no exterior-, já ocorreu e, portanto, não haveria mais motivos para manter o ex-prefeito e seu filho detidos. Birigüi falou à Justiça Federal semana passada sobre as escutas telefônicas feitas pela PF que mostrariam Flávio tentando induzi-lo a não revelar detalhes da operação à polícia.
Ao decretar a prisão preventiva dos dois, a juíza entendeu que Maluf e Flávio poderiam atrapalhar o andamento do processo –que corre em segredo de Justiça – ocultando provas e coagindo testemunhas, como o Birigüi.