Alagoas inicia segunda e decisiva etapa contra a aftosa

O governador Ronaldo Lessa e o secretário executivo de Agricultura, Irrigação, Pesca e Abastecimento, Kleber Torres, lançam, nesta manhã, a segunda etapa da Campanha contra a Aftosa. A solenidade está marcada para 9h, no Parque da Pecuária, no Prado.

A expectativa de atingir a meta de 80% das declarações do rebanho em 100% dos municípios recai sobre a lei de sanidade animal, aprovada recentemente pelo Estado e que chega com o papel de punir os criadores que não vacinarem e declararem em tempo hábil (10 dias após o fim da vacinação).

A vacinação se estenderá por todo o mês de outubro. Embora ainda restem dúvidas sobre a aplicação e punições a serem aplicadas aos seus descumpridores, a lei de sanidade animal já trouxe um resultado positivo: receio aos criadores que não declararam as vacinas, já que agora eles passam a sofrer punições que vai de uma simples multa até mesmo o sacrifício de animais.

Receio

O maior receio atual dos produtores alagoanos é que Pernambuco saía da situação de risco desconhecido, e assim deixe Alagoas ilhada – já que a fronteira com Sergipe está fechada. Assim, todo o produto de origem animal não poderá ser comercializado em outro Estado.

Para o secretário de Agricultura, Kleber Torres, a expectativa é que Alagoas alcance a meta dos 80% já nesta vacinação, embora ele mesmo deixe transparecer alguma dúvida se ocorrerá. "Tenho quase certeza que vamos conseguir", afirma. A "certeza" ele tem para a vacinação do próximo ano. "Nessa eu tenho certeza absoluta, mas nossa meta é chegar agora ao percentual de 80%", ressalta.

A novidade para a campanha de outubro, segundo Torres, é divisão de forças que a secretaria vai adotar. "Vamos nos dividir e montar coordenações regionais para acompanhar o processo de vacinação", explica.

Na campanha do primeiro semestre, a secretaria recebeu a declaração de vacina de apenas 63% do rebanho (563 mil). Mesmo assim, alguns municípios chegaram a ter declaração de apenas 1% do rebanho, o que põe por terra o sonho de avançar na classificação.

Criadores

Mas se a lei é a esperança do poder público para o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Edílson Maia, a legislação ainda não chegou ao conhecimento de boa parte dos produtores, o que pode trazer frustração ao final da etapa.

"A lei é boa, era muito esperada, mas faltam esclarecimentos à sociedade e aos criadores. O importante dessa lei é que ela não venha só para punir o criador, mas sim explicar a importância da vacina e da declaração", ressalta.

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