Dentro da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, o governo de Alagoas vai perseguir a meta de imunizar, pelo menos, 80% do rebanho bovino e bubalino existente em cada município alagoano. A meta é tirar o Estado da classificação de zona de risco desconhecido para a doença. O lançamento da campanha foi feito nesta sexta-feira, pelo governo e entidades dos criadores, no Parque da Pecuária.
A novidade é que a Secretaria Executiva de Agricultura, Irrigação, Pesca e Abastecimento está comprando 200 mil doses da vacina para serem distribuídas com os pequenos criadores que tenham, no máximo, dez cabeças de gado. Em processo de licitação, a compra está orçada em cerca de R$ 200 mil. A vacinação vai até o final de outubro.
Apesar de nos últimos cinco anos não ter sido registrado nenhum caso de febre aftosa, Alagoas continua na condição de zona de risco desconhecido, o que impede a saída de produtos de origem animal e vegetal para outros estados fronteiriços, como Bahia e Sergipe. Pernambuco já solicitou ao Ministério da Agricultura a saída da área de risco desconhecido para médio.
“Nesta segunda etapa pretendemos atingir 100% do rebanho alagoano. Por isso, pretendemos envolver as secretarias municipais de Agricultura, porque a questão da vigilância sanitária é de responsabilidade também das prefeituras”, afirmou o secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, que representou o governador Ronaldo Lessa na solenidade.
Para o secretário executivo de Agricultura, Kleber Torres, as sanções previstas pela Lei de Defesa Agropecuária, sancionada recentemente por Lessa, ajudará no cumprimento das metas da campanha de vacinação. “Não queremos multar ninguém, porque apostamos na conscientização dos pecuaristas para que, além de vacinar, possam declarar o seu rebanho”, disse.
Segundo Torres, técnicos da pasta estarão atuando em cada estabelecimento conveniado para que façam uma fiscalização e acompanhamento na aquisição das vacinas por parte dos criadores. “O nosso compromisso é vacinar todo o rebanho alagoano”, ressaltou, lembrando que os pecuaristas têm o dever de ajudar o Estado a sair da zona de risco desconhecido.
“Alagoas não pode ficar mais ilhada com relação à febre aftosa”, disse o delegado do Ministério da Agricultura, Évio Lima, acrescentando que outros estados vêm avançando nas ações de combate à doença. Segundo ele, o governo federal aumentou o valor dos recursos para a campanha de vacinação.