Eles atacam em série, não escolhem suas vítimas por aparência ou idade e estupram das netas às avós, de preferência em bairros da periferia, onde as mulheres estupradas até se conhecem. Esse é o perfil de alguns criminosos, que são desconhecidos entre aquelas às quais aterrorizam. Em alguns casos, além de violentarem sempre com uma arma apontada para a vítima, eles ainda assaltam.
Apenas esse ano, duas delegacias especializadas em atender mulheres, crianças e adolescentes abriram 62 inquéritos por estupro e 49 por atentado violento ao pudor. A ocorrência desses crimes é muito elevada, mas em geral as vítimas não denunciam a violência por medo ou vergonha.
Para os indivíduos foragidos, a Polícia Federal ajuda a Delegacia Especializada da Mulher a prender esses indivíduos, com a elaboração de retratos falados.
Um desses marginais está indiciado em quase uma dezena de inquéritos policiais, mas simplesmente ninguém sabe a sua identidade. Algumas vítimas, porém o descreveram tão bem que o retrato falado saiu fiel à sua imagem. “Ele é o estuprador mais procurado pela polícia, há mais de dois anos, mas ninguém sabe o seu paradeiro”, afirma a delegada da Mulher, Fabiana Leão.
O indivíduo usa gorro na cabeça, tem idade de 30 a 35 anos, de cor branca, boa aparência, de porte atlético, sem barba ou bigode. Aterroriza suas vítimas com um revólver niquelado e uma motocicleta vermelha.