O governo do Estado está negociando com uma instituição financeira um empréstimo bancário, no valor aproximado de R$ 10 milhões, para saldar as dívidas do Ipaseal Saúde com os hospitais e clínicas credenciadas do plano dos servidores públicos. A informação foi dada hoje à tarde pelo presidente do instituto, Rogério Pinheiro, durante reunião com dirigentes de entidades classistas do funcionalismo.
Sem falar em números, Pinheiro disse que a proposta de empréstimo ficou de ser analisada por um banco – ele também não informou o nome da instituição. “O governo vai tentar recuperar o plano, assumindo a sua dívida”, afirmou, acrescentando que o desequilíbrio financeiro vem desde o terceiro mês de funcionamento do Ipaseal Saúde.
Atribuindo a culpa pelo prejuízo à própria diretoria do plano e à “hipocondria” dos servidores públicos, ele comentou que não havia nenhum tipo de controle do plano de saúde, para evitar que ocorressem consultas fantasmas e quantidade exagerada de exames. Segundo o presidente do instituto, dos 40 mil usuários do plano, uma média de 20 mil iam ao médico todo mês.
Pinheiro citou o caso de médico que pediu ao paciente um raio-x total do esqueleto. “Nunca vi um médico pedir raio-x completo de uma pessoa viva”, ironizou, acrescentando que o Ipaseal Saúde chegou a pagar também por consultas que nunca aconteceram.
“Por isso, adotamos há duas semanas o plano de co-participação, para que tenhamos um controle mais efetivo e responsável por parte do usuário”, afirmou. Pela nova modalidade, o usuário continua pagando um percentual fixo mensalmente de sua remuneração e mais uma taxa de participação sobre todas as consultas, exames e procedimentos ambulatoriais.
Com essa medida, o Ipaseal Saúde reduziu o valor da mensalidade e também as despesas do plano. Na inclusão de cada dependente e/ou agregado, será acrescida uma fração na mensalidade do servidor.
