Neste momento, os professores da Universidade Federal de Alagoas realizam uma assembléia, no auditório da Reitoria, para discutir a proposta apresentada pelo Ministério da Educação. A greve da categoria já dura cerca de 15 dias e prejudicará o calendário dos estudantes no próximo ano.
Segundo o presidente do sindicato dos Docentes da Ufal, Antônio Passos, o movimento nacional não aceitou a proposta feita pelo MEC e as negociações continuam. Nesta manhã, haverá uma reunião técnica e no dia 19, um encontro de negociação e avaliação.
O MEC sinaliza com a criação de mais uma classe de remuneração dos professores – professor associado -, que estimulará a permanência na atividade do professor adjunto e o incentivo à qualificação de novos professores.
A proposta do MEC prevê aumento de 50% do percentual de titulação para todas as classes, o que deve representar em média um aumento de 9,7%. O impacto da proposta é de R$ 395,4 milhões.
Para Passos, a proposta precisa ser melhor estruturada e por isso é que as negociações continuam. “Na verdade, o calendário do próximo ano já está comprometido, de alguma forma, com esta greve”, revelou.
A greve começou no dia 27 de setembro, logo depois que os universitários retornaram do recesso, que deveria ter ocorrido no mês de julho.
Atualmente, a Ufal possui cerca de dois mil estudantes, divididos em 35 cursos de graduação nas áreas de ciências humanas, das ciências exatas e naturais e ciências da saúde. Na pós-graduação a Ufal oferece 16 cursos, sendo 13 de mestrado e 3 de doutorado, além das 24 especializações.
Greve dos estudantes
Hoje, um representante do Diretório Central dos Estudantes da Ufal viaja para São Paulo, onde participará de uma reunião com estudantes de todo o Brasil.
Segundo o estudante Rafael Soriano, que viajará, o encontro será com integrantes da União Nacional dos Estudantes e organizará uma pauta unificada para mobilização da greve estudantil.