A economia mundial deve crescer 4,3 por cento em 2006 mas enfrenta riscos crescentes, como os altos preços do petróleo e o protecionismo, afirmou hoje o diretor do Fundo Monetário Internacional, Rodrigo Rato.
Apesar das perspectivas amplamente satisfatórias para a economia global, há riscos ao crescimento vindo do aumento dos preços do petróleo", afirmou Rato na China durante encontro do G20, grupo que reúne países ricos e em desenvolvimento.
Há também riscos de desequilíbrios globais e os sintomas mais claros são os altos déficits em contas correntes nos Estados Unidos e superávits correspondentes no Japão, na China e em outras economias emergentes asiáticas, acrescentou ele.
"Estes desequilíbrios trazem sérios riscos à prosperidade porque eles são claramente insustentáveis e, se forem corrigidos de uma maneira desordenada, por meio de um declínio abrupto do dólar e aumento das taxas de juros dos Estados Unidos, o crescimento e a prosperidade serão ameaçados em todo o mundo."
Os Estados Unidos têm pressionado a China para flexibilizar sua taxa de câmbio mais rapidamente, permitindo que o yuan se valorize, o que ajudaria a reduzir o déficit em contas correntes norte-americano.
Rato disse que as autoridades chinesas reconhecem claramente que é de seu próprio interesse flexibilizar o mercado de câmbio do país.
"E eles reconhecem que isso tem que ser feito de uma forma gradual mas sem atrasos", disse ele. "Quando e como isso deve ser implementado? Eu não posso lhes dizer, mas eu acho que as autoridades chinesas reconhecem que faz parte de seu próprio interesse ter um câmbio que reflita as forças de mercado."