O Embaixador do Paquistão no Brasil, Khalid Khattak, apelou para a generosidade da população brasileira. "Contamos com a ajuda dos nossos amigos brasileiros", declarou por telefone à Agência Estado.
Khattak disse que a embaixada está em contato com o Governo brasileiro, mas até agora nenhum tipo de ajuda foi oferecida. Ele pediu que os brasileiros ajudem depositando dinheiro no Banco do Brasil, de Brasília, agência 1606-3, conta 200.000-8.
"É mais fácil ajudar com dinheiro do que enviando material. O acesso à região é muito complicado, levaria muito tempo até as doações chegarem às vítimas", explicou.
Khattak diz que os paquistaneses não ficarão reclamando da situação. Ele lamentou especialmente a morte de crianças, soterradas em escolas. "Concordo com a definição de um porta-voz do Exército: perdemos uma geração inteira."
Sufoco
A primeira ação do brasileiro Rodrigo Magnago, de 29 anos, depois que a terra começou a tremer em Sialkot, cidade de 500 mil habitantes localizada no estado do Punjab, no Paquistão, foi telefonar para o irmão Ricardo que estava em Curitiba. "Disse para ele correr para o meio da rua", conta Ricardo.
Rodrigo está no Paquistão desde o dia 18 de setembro em uma viagem de negócios. Passado o susto, voltou a entrar em contato com a família para dizer que está bem. Cerca de 80% do estado do Punjab foi afetado pelo terremoto.
Em Sialkot, logo que o tremor foi sentido, milhares de pessoas saíram de suas casas em pânico pedindo pela clemência de Alá. Até hoje, foram registrados apenas alguns casos de ferimentos. Isolado, Rodrigo só soube da extensão do tremor e do número de mortos quando o irmão no Brasil contou o que havia acontecido.