O radialista e empresário Dênis Gonçalves Melo se apresentou na tarde de hoje na Delegacia da Mulher. Acompanhado do advogado, ele negou a participação no esquema de prostituição em Alagoas e chegou a acusar a esposa, Girlane Santos Silva, de comandar a quadrilha. Ele é acusado de tráfico interno de mulheres, formação de quadrilha, rufianismo e por manter uma casa de prostituição.
O depoimento durou três horas e meia. Ao deixar a delegacia, o radialista estava abatido e afirmou, apenas, que a justiça vai ser feita. “Eu não tenho conhecimento de tráfico de mulheres. O que sei é que a justiça vai mostrar a verdade”, explicou.
Segundo a delegada Fabiana Leão, durante o depoimento, Dênis Melo negou conhecer o tráfico de mulheres e disse que quem comandava as duas casas noturnas era a esposa. “Ele negou o tempo todo ter participação e disse, ainda, que as casas noturnas não pertencem à esposa”, explicou a delegada.
Fabiana Leão contou, ainda, que o depoimento de Dênis Melo e da esposa foram contraditórios. “No depoimento de Girlene, ela diz que o marido participava da atividade fim – trazer e colocar as meninas na boate. Já no dele, é o contrário”, ressalta.
O diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, esteve na delegacia e acompanhou o depoimento. Segundo ele, a presença é apenas para dar apoio às duas delegadas que investigam o caso.
Encontro
Após o depoimento, Dênis Melo pediu para rever a esposa, que está detida na Delegacia da Mulher, no Centro de Maceió. Segundo as delegadas Fabiana Leão e Paula Mercês, ele alegou que queria revê-la porque não sabia quando a encontraria novamente.
“Foram apenas algumas palavras. Eles se despediram e pronto”, contou a delegada Paula Mercês.
IML
Ao deixar a sede da Delegacia da Mulher, o radialista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima onde foi submetido ao exame de Corpo de Delito.
Em seguida, Dênis Melo foi levado à sede do Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial (Trigre), local onde permanecerá à disposição da Justiça.
Na próxima segunda-feira (17), as delegadas encaminharão o inquérito do caso à Justiça. E, segundo elas, as acusações continuam as mesmas: tráfico interno de mulheres, formação de quadrilha, rufianismo e manutenção de casas de prostituição.