Técnicos e professores da Ufal fazem assembléias para discutir a greve

Neste momento, os técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas realizam uma assembléia, no auditório da Reitoria, para discutir a greve da categoria, que já dura 44 dias. Na quinta-feira, os professores fazem outra assembléia, onde analisarão a proposta oferecida pelo Governo Federal e definirão se continuam ou não em greve.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores, Antônio Passos, a proposta oferecida pelo Governo foi melhor que a última, mas ainda não atende as reivindicações da categoria. “O Ministério da Educação ofereceu 500 milhões, mas a proposta ainda é discriminatória e não contempla todos os docentes e aposentados”, explicou.

A greve dos professores começou no dia 27 de setembro, logo depois que os universitários retornaram do recesso, que deveria ter ocorrido no mês de julho. “O calendário do próximo ano já está comprometido, de alguma forma, com esta greve”, revelou Passos.

Os docentes querem reajuste de 18% para repor perdas inflacionárias dos últimos dois anos. Também reivindicam a incorporação da gratificação de estímulo à docência e o retorno do pagamento de adicional por tempo de serviço, chamado anuênio (1% ao ano), entre outras questões.

Já a categoria dos técnicos administrativos está há mais tempo parada e ainda não recebeu propostas do Governo. “Hoje ou amanhã o Governo se reunirá com o Comando de Greve, em Brasília, na primeira negociação, em 56 dias de greve nacional”, afirmou a presidente do sindicato, Iolanda Pereira Santana.

A reivindicação dos técnicos é pela implementação da segunda etapa do Plano de Cargos e Carreiras e o auxílio saúde. “Queremos que o Governo colabore com o pagamento de uma parte do plano de Saúde, como é feito em outras instituições”, ressaltou Santana.

Ainda de acordo com Iolanda Santana, amanhã haverá um debate no Hospital Universitário sobre a greve e, se o Governo apresentar propostas, elas serão avaliadas durante o debate.

Atualmente, a Ufal possui cerca de dois mil estudantes, divididos em 35 cursos de graduação nas áreas de ciências humanas, das ciências exatas e naturais e ciências da saúde. Na pós-graduação a Ufal oferece 16 cursos, sendo 13 de mestrado e 3 de doutorado, além das 24 especializações.

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