Os 300 integrantes do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, MTL, devem deixar a praça Sinimbú nesta tarde. Nesta manhã, os trabalhadores rurais participaram de uma reunião com representantes do Instituto de Terras de Alagoas, Iteral, para cobrar resultados de uma pauta com questões referentes aos assentamentos do movimento no interior do Estado.
Segundo Rafael Simão Carlos, da Coordenação Estadual do Movimento, as manifestações de ontem ocorreram pelo descaso dos órgãos competentes. A pauta discutida na reunião no Iteral apresenta 36 itens. “A pauta foi entregue há sete meses e pede melhorias na educação, saúde e outras questões que são deveres do Estado, para os assentamentos”, explicou.
Entre as reivindicações, estão as áreas cujos processos continuam sem definição, como é o caso de Prazeres em Flexeiras; Belo Horizonte, em Novo Lino; Pedra Branca, em Campestre e o bloco de áreas da Agrisa. Além disso, os trabalhadores cobram as vistorias nas propriedades, que vão detectar a improdutividade das terras; melhores condições de moradia nos acampamentos e libertação do militante e ex-coordenador regional do Movimento, Gilvan, preso há cerca de 82 dias em função do último conflito com o Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST).
Ontem, a reunião com a direção do Incra terminou à noite e nesta manhã os sem terra desocuparam o prédio. Eles continuarão na praça Sinimbú até conseguirem transporte para o interior e, na próxima semana, devem se reunir com o Governo.