Rio – Das 100 mil empresas que surgiram por ano no país entre 1996 e 2003, mais da metade (52 mil) fecharam as portas sem completar três anos de vida. O comércio é o setor preferido dos novos empresários e também o que registra as maiores taxas de falência. Também entre 1996 e 2003 houve queda no salário pago aos trabalhadores e redução no número de empresas estabelecidas.
Os dados são do Cadastro Central de Empresas 2003, divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além das informações sobre as entidades, a publicação, que tem como base as informações de pesquisas anuais feitas pelo Instituto e dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o CNPJ, traz dados sobre pessoas ocupadas e salário médio mensal pago aos trabalhadores nas 1,5 milhão de empresas com empregados no país em 2003.
Estas unidades representavam 31,7% das 4,7 milhões de empresas ativas no Brasil naquele ano. Em 1996 eram 992 mil empresas, representando 34,1% do total de 2,9 milhões de empresas ativas no país. As empresas com empregados concentravam, em 2003, 66,9% do pessoal assalariado e 63,2% dos salários pagos.
De acordo com o estudo, a região Sudeste foi a única a registrar queda no número de empresas, passando de 57% em 1996 para 52,2% em 2003. A região também foi a única a registrar redução do pessoal ocupado entre 1996 e 2003 (de 60,5% para 57%), por conta das quedas no número de empregos formais em São Paulo (de 36,5% para 33,7%) e no Rio de Janeiro (de 11,9% para 10,6%).