O julgamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e de sete de seus colaboradores –pela execução de 143 pessoas na vila de Dujail (norte do Iraque) em 1982– foi adiado nesta quarta-feira, pouco tempo após ter sido iniciado.
Os juízes aceitaram o pedido de suspensão da audiência feito pelo chefe da equipe de advogados de defesa, Khalil al Dulaimi, que disse ter tido pouco tempo para examinar o material da acusação.
O julgamento foi realizado na capital iraquiana, Bagdá, e conta com um grande aparato de segurança em torno dos acusados.
Depois que o juiz que preside o julgamento, Rizgar Mohammed Amin [de origem curda], leu aos réus seus direitos e as acusações contra eles, que também incluem expulsões forçadas, prisão ilegal e e seqüestro e destruição de propriedades de 399 famílias, foi solicitado aos réus fizessem um apontamento sobre o que tinha sido exposto. Ao perguntar a Saddam se era culpado ou inocente, o ex-ditador respondeu: "Eu disse o que eu disse. Eu não sou culpado", referindo-se à leitura de sua defesa, em que afirmou ser inocente.
Segundo os procuradores que acusam o ex-presidente do Iraque, Saddam teria ordenado as execuções depois de uma suposta tentativa de assassinato contra ele ocorrida em 1982 nesse local. A pena máxima prevista é o enforcamento.