O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, Carlos Jorge, disse, nesta manhã, que não vai para a greve para poder negociar, como havia sido solicitado pelo governador em exercício, Luis Abílio.
“Não vamos desmobilizar a greve enquanto não houver certeza de que seremos atendidos em nossas propostas”, colocou o sindicalista.
Carlos Jorge e o comando de greve realizaram mais um protesto – na manhã de hoje – em frente à Delegacia de Plantão I (Deplan I), na avenida Fernandes Lima, no Farol.
Desta vez, o trânsito não foi interrompido, mas a palavra de ordem continuava sendo a equiparação salarial e uma proposta de aumento para os policiais civis.
Os sindicalistas reivindicavam uma audiência com o governador, Ronaldo Lessa, que na semana passada declarou que todas as greves serão resolvidas por Abílio.
“Estamos esperando para ver as negociações com a PM e com os servidores da Saúde. No entanto, dificilmente nós vamos mudar de postura com relação ao movimento de greve, que é legal e conta com a maioria dos policiais civis de Alagoas”, declarou Carlos Jorge.
Segundo o presidente do sindicato, novos atos públicos serão feitos, tanto na capital, quanto no interior. “Nossa greve é irredutível, a não ser que eles aceitem negociar sem que tenhamos que parar o movimento”, finalizou Carlos Jorge.
Do outro lado da questão, o governador Luis Abílio também parece intransigente. “Não se trata de prestigiar ou não o servidor. Ninguém fez mais pelo servidor público que o nosso governo. Colocamos os salários em dia, demos aumento e valorizamos a condição do funcionário. No entanto, o que tem que ser analisado é a responsabilidade do Estado de Alagoas. Estamos abertos a conversas, mas desde que a greve acabe e a gente possa realmente sentar para conversar e analisar propostas. Não se pode aprovar um aumento, sem saber as conseqüências deste no futuro”, colocou o governador.