O governador em exercício, Luis Abílio, se reuniu com representantes do Sindicato dos Médicos, que apresentaram a proposta do projeto-de-lei que cria a carreira única de médico. A presidente do Sindicato dos Médicos, Edilma Barbosa, explicou que o projeto não apresenta nenhuma tabela salarial, nem representará aumento na folha de pagamento, mas é de fundamental importância para a categoria.
Luis Abílio disse que não haverá dificuldades para a implantação da lei instituindo a carreira de médico. “A idéia do governador Ronaldo Lessa é chegar em 2006 com todas as carreiras definidas”, disse, acrescentando que o governo tem trabalhado projetos semelhantes aos dos médicos para outras carreiras de nível superior.
Em relação à questão salarial, o Sindmed defende que os médicos passem a ter um piso salarial de acordo com outras carreiras de nível superior, como engenheiros, arquitetos e agrônomos, que já possuem leis de carreira definidas. Hoje, o salário-base de um médico com 40 horas é de R$ 1.974,00 e R$ 3.040,00 para profissionais em final de carreira dos setores de emergência, urgência e laboratórios 24 horas.
Edilma Barbosa lembrou que há 10 anos os médicos não participam mais do Movimento Unificado dos Servidores da Saúde, já que a categoria tem reivindicações diferentes das demais.
O projeto de criação da carreira única de médico está sendo analisado pela Secretaria Executiva de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio. Depois será encaminhado ao Gabinete Civil para ser enviado para apreciação da Assembléia Legislativa.
Os médicos também discutiram na reunião a questão do pagamento do adicional de insalubridade aos profissionais de saúde. O secretário de Administração, Valter Oliveira, disse que o impacto na folha sobre o atual salário-base do Estado, que é de R$ 330,00, vai ser de R$ 460 mil.
Hoje, esse adicional ainda é calculado sobre R$ 166,00. Segundo Valter, 7.628 servidores têm direito ao benefício, mas a secretaria está fazendo uma análise minuciosa do pagamento e já verificou algumas distorções, como pessoas recebendo valores muitos maiores em relação à maioria dos outros servidores.