O dólar comercial encerrou nesta segunda-feira em queda de 0,13%, a R$ 2,2610 para venda, sob influência do anúncio da conclusão de captação externa do Unibanco e acompanhando de perto as notícias no exterior. A operação de captação no exterior feita pelo banco foi o principal fator a puxar para baixo o dólar. A divisa chegou à mínima de R$ 2,2570, em queda de 0,31% durante a manhã. Já a máxima alcançada foi de 0,18%.
O Unibanco anunciou hoje a conclusão de operação denominada Liquidity Facility. Ao longo dos próximos dois anos, o banco poderá acessar recursos no montante de até US$ 200 milhões, com prazo de pagamento de sete anos.
Também hoje, o BC (Banco Central) fez novo leilão de compra de dólares, mas a operação não chegou a alterar a trajetória da divisa norte-americana.
O BC ofereceu R$ 2,2620 para a aquisição de dólares e, segundo operadores, aceitou 16 propostas. Foi o 14° leilão de compra da autoridade monetária só neste mês. Para Marcelo Ribeiro, da corretora Pentágono, a volatilidade do dólar deve aumentar nas próximas semanas. "O dólar já chegou ao seu menor patamar e a tendência é que, daqui para frente, com a redução da Selic e o aumento da aversão ao risco, o real deve se desvalorizar", afirmou.
Segundo Ribeiro, a nomeação do atual chefe do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, Ben Bernanke, como substituto de Alan Greenspan na presidência do Federal Reserve (Fed, o BC americano) é acompanhada com cautela pelos investidores. "O novo presidente vai ter que construir uma credibilidade e para isso vai ter que usar uma política mais ortodoxia, o que significa juros mais altos nos Estados Unidos e que terão reflexo para os emergentes", afirma.