A taxa de desemprego de seis regiões metropolitanas do país subiu para 9,6% em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado interrompe uma seqüência de três meses seguidos de estabilidade da taxa em 9,4% e representa a primeira alta em seis meses.
Já a renda do trabalhador ficou praticamente estável após três meses de alta. De agosto para setembro houve leve queda de R$ 974,96 para R$ 974,90. A redução de 1,2% na renda em São Paulo foi preponderante, uma vez que na maioria das outras áreas pesquisadas houve alta.
Para o IBGE, as variações registradas em setembro são pouco representativas e o mercado de trabalho continua a registrar um cenário de "estabilidade".
O resultado, no entanto, pode ser considerado decepcionante, uma vez que no mês de setembro já começam a ser contratados temporários para atender ao aumento da demanda de final de ano.
Entre as seis regiões pesquisadas, tiveram aumento do desemprego de agosto para setembro Recife (de 13,4% para 15%) e Porto Alegre (de 7,6% para 8,4%). Nas demais regiões (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador), o quadro foi praticamente de estabilidade.
Em setembro, o número de pessoas à procura de trabalho permaneceu estável em 2,1 milhões de pessoas na comparação com agosto.
A maioria dos desocupados continuou sendo de mulheres: 56,1% do total, a maior participação para o mês desde 2002. Em setembro de 2004, as mulheres representavam 55,6% da população desocupada; em 2003, a proporção era de 55,8%; e em setembro de 2002, 53,2%.
Na divisão por faixa etária, entre os desocupados, 7,9% tinham de 15 a 17 anos; 39,3%, entre 18 e 24 anos; 46,1%, de 25 a 49 anos; e 6,1%, 50 anos ou mais.