O Movimento da Indignação à Ação, formado por representantes da sociedade civil e do Ministério Público, que defende "a moralidade e a ética na vida pública do país", adiou nesta quarta-feira (26) a entrega de um documento ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Velloso. O presidente do TSE viajou a Belo Horizonte, em Minas, para acompanhar o enterro de sua mãe.
O representante do manifesto, Chico Whitaker, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, mostrou-se surpreso pelo número de assinaturas recolhidas – mais de 200 mil. "Isto significa que a população está atenta e quer que algo aconteça em relação à não impunidade e por uma reforma política profunda", disse.
A proposta apresentada pelo movimento estende até o dia 31 de dezembro a possibilidade de fazer alterações nas regras eleitorais de 2006. Além disso, propõe abolir a propaganda oficial nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em níveis federais, estaduais e municipais, à exceção de informações de interesse público, como campanhas de vacinação, por exemplo.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC-446, de 2005) também pede a proibição de anúncios de empresas estatais, a contratação de empresas de consultoria para propor medidas de prevenção a fraudes, a instalação de um programa que obrigue a administração pública a adotar uma gestão socialmente responsável, entre outros pontos.