O governador em exercício, Luis Abílio, assegurou nesta quarta-feira, um reajuste de 6% para os servidores da Saúde na folha de outubro. Esse foi um dos acordos fechados durante a segunda rodada de negociação com representantes do Movimento Unificado dos Servidores da área, realizada em palácio. Durante a reunião, o governo apresentou uma nova proposta em relação aos percentuais de aumento a serem aplicados no próximo ano, em duas parcelas, que totalizariam 14% de reajuste.
Na semana passada, a proposta apresentada pelo governo era da aplicação de um reajuste de 6% na folha de outubro, 4% em janeiro e 4% em março. Com a nova proposta, o percentual de 4% em março, passaria a ser pago em maio, ampliando o universo de servidores contemplados. O número de beneficiados passaria de 7.896 para 20.646, já que contemplaria também os chamados "sapatos pretos" e os servidores lotados em outras secretarias.
Na próxima terça-feira, uma comissão de servidores se reúne com o secretário-adjunto da Administração, Marcelo Santana, para analisar com mais detalhes a nova proposta apresentada pelo governo. O secretário de Administração, Valter Oliveira, informou que o projeto de lei com o reajuste de 6% deverá ser encaminhado o mais rápido possível à Assembléia Legislativa.
Os projetos de lei com as diferenças que totalizariam os 14% só poderão encaminhados em janeiro. "O governo não pode enviar um projeto de proposta de reajuste à Assembléia para o próximo exercício sem que o orçamento do Estado para 2006 esteja aprovado", explicou.
Na avaliação do governador Luis Abílio, a nova proposta representa um avanço nas negociações com os servidores da saúde, além de destacar o diálogo que foi aberto com a categoria. O secretário Valter Oliveira explicou que o projeto de lei em relação ao pagamento do adicional de insalubridade também será encaminhado à Assembléia Legislativa no próximo ano. "Com o projeto, vamos acabar com o problema do pagamento de insalubridade no Estado", disse.
Segundo Valter, com os 6% de reajuste para todos os servidores da saúde, o governo terá que desembolsar mais R$ 155 mil, além dos R$ 700 mil destinados à incorporação do retroativo do reajuste de 7% referente a janeiro e setembro do ano passado, e que foram pagos entre janeiro e setembro de 2005. Apenas com a incorporação, os novos servidores aprovados não seriam contemplados com esse reajuste.