Caracterizar o autismo como uma doença que impossibilita a comunicação dos seres humanos ainda é uma maneira precária de definir a síndrome.
Na Jornada Regional de Autismo do Nordeste, que ocorre junto com o I Fórum Alagoano de Autismo, profissionais divulgam mais informações sobre a síndrome e como devem ser as formas de tratamento.
Profissionais, pais, familiares e interessados em aprender sobre o autismo estão reunidos, no auditório do Senai, até amanhã, para conhecer melhor a síndrome.
Segundo a psicóloga Genilsa Gomes, uma das organizadoras do evento, em Maceió, existem 86 portadores da síndrome que pertencem à Associação de Pais e Amigos do Autista de Alagoas, Assista.
“A maior dificuldade no Estado é o tratamento para jovens e adultos, já que, em crianças, o tratamento é iniciado por ONG’s, como a Adefal, Pestalozzi e a Assista”, explicou.
Para a psicóloga, um dos sintomas para a síndrome é “fechar-se” à comunicação, mas os pais também podem notar as diferenças, quando a criança tem um comportamento bizarro, diferente. “Normalmente, o autismo é confundido com a surdez, mas os comportamentos da criança definem a síndrome, como a auto-agressão”, disse Genilsa Gomes.
Para a coordenadora nacional da Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Niusarete de Lima, ainda é grande a carência no atendimento às pessoas portadoras da síndrome. “Em todo o país, quem atende, ainda, é a instituição filantrópica, às vezes, a família precisa ir à Justiça para provar que o adulto é autista e precisa de um tratamento especializado ”, explicou.
Niusarete de Lima ainda disse que o autista precisa de um monitoramento constante, já que é muito difícil que ele se torne independente. “Mas, nem por isso podemos deixar de dar oportunidades a eles”, concluiu.