Após a morte do fazendeiro José Fernandes Neto, o Fernando Fidélis, ocorrido no início da tarde de ontem no Presídio Baldomero Cavalcante, Garibalde Amorim teme ser o próximo alvo na penitenciária e pediu para ser transferido da unidade. A transferência de Garibalde chegou a ser cogitada hoje pela manhã para a sede da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá.
Segundo informações, o juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, é quem está negociando a possibilidade de transferência de Garibalde.
O promotor da 8ª Vara Criminal, Alfredo Gaspar de Mendonça, promotor do caso do Ebson Vasconcelos (Êto), esteve ontem no Baldomero a pedido de Garibalde para que a garantisse a sua segurança e disse à imprensa que o assassinato de Fidélis deve ter sido um crime encomendado, além de temer que o mesmo aconteça com Garibalde.
Os trâmites sobre a possível transferência de Garibalde para a sede da Polícia Federal estão sendo feitos em sigilo para garantir a integridade física do preso.
Garibalde
No final do ano passado, Fernando Fidélis e Garibalde Amorim, em depoimentos ao Ministério Público, acusaram o delegado Valdir Carvalho e o PM Emanuel Guilhermino de terem intermediado a morte de Ebson Vasconcelos Silva, o Eto – em 2002 – , atendendo a uma ordem do ex-coronel Cavalcante. O acerto teria ocorrido na cela que Cavalcante ocupava no presídio Baldomero Cavalcanti, durante visitas que o delegado teria feito a ele.
Garibalde cumpre pena de 19 anos pelo assassinato do tributarista Silvio Vianna ocorrido há nove anos e está com medo de morrer como queima de arquivo, como acha que aconteceu com Fernando Fidélis. Ele teve a segurança do módulo onde está, o Centro de Observações Criminológicas (COC), reforçada desde ontem por agentes do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP).