Dívidas sociais que ultrapassam R$ 100 mil e mais de 100 ações judiciais por crime de calúnia e difamação inviabilizaram o semanário Extra; o jornalista Fernando Araújo Filho, um dos diretores da Cooperativa de Comunicação de Alagoas (Coopcom), responsável pela edição do jornal, concluiu ser impossível manter o semanário e, em comum acordo com outros quatro diretores, decidiu se afastar do projeto.
Fundado há sete anos, o semanário conseguiu sobreviver até esta semana sem verbas publicitárias oficiais; mas a situação se complicou depois do governo Lula, que passou a cobrar Confins e o PIS também das cooperativas.
“Com isto, nós acumulamos uma dívida impagável que já ultrapassa aos 100 mil reais. Desse jeito, não podemos continuar e o melhor a fazer é deixar o projeto”, disse.
O boicote causado pelas ações judiciais e, segundo Araújo, pela pressão do governo estadual que impedia os anunciantes de investirem no Extra,agravaram a crise; além disso, houve divergências com o sócio Iremar Marinho de Barros, editor, que decidiu continuar com o projeto.
“Torço para que o Iremar consiga levar o projeto adiante, mas acho muito difícil que ele tenha sucesso. O custo é elevado e as alternativas que nós encontramos para manter o jornal não foram aceitas por ele (Iremar), daí, nós decidimos nos afastar”, explicou Fernando Araújo, anunciando que, a partir de janeiro ele e os outros quatro diretores estarão lançando outro semanário em Maceió.