O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), encaminhou no inicio da noite desta quinta-feira ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ofício pedindo apuração de denúncias de escuta telefônica dos deputados ACM Neto (PFL-BA), Ricardo Izar (PTB-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR). No ofício, Aldo anexou cópia de oficio encaminhado a ele pelo deputado ACM Neto e matérias jornalísticas sobre as denúncias. Antes de oficializar a solicitação, Rebelo conversou por telefone com o ministro sobre as denúncias de grampo telefônico de parlamentares.
Em entrevista, Aldo Rebelo disse que cabia ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal adotar as providências para investigar as possíveis escutas telefônicas e que a Câmara estava tomando as providências que estavam al seu alcance. "A vida democrática do país não pode tolerar escuta telefônica clandestina contra deputado, integrantes do Executivo, do Judiciário, da imprensa ou contra qualquer cidadão. Escuta telefônica não autorizada pela justiça é crime e não pode haver tolerância", disse Aldo Rebelo.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), anunciou que vai pedir ao presidente da Comissão Especial de Acompanhamento das Atividades de Inteligência do Congresso, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), convoque o reunião secreta da comissão para ouvir o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix, para debater essas denúncias de escuta telefônica.
Aleluia quer também ouvir os deputados que denunciaram o possível grampo. Integram a comissão, os presidentes das comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado e os líderes da maioria e da minoria da Câmara e do Senado.