Brasília – Cerca de 500 estudantes secundaristas de Brasília, mulheres palestinas e representantes de sindicatos e associações de base, liderados pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), estão concentrados em frente à Catedral para dar início a uma manifestação contra a presença do presidente norte-americano George W. Bush no Brasil. A chegada dele está prevista para amanhã e ele deve permanecer no país até domingo.
A CMS é formada por mais de 20 entidades, dentre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a UNE, a Associação brasileira de Imprensa (ABI) e Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e Pela Vida.
Os manifestantes sairão da catedral e seguirão em passeata até a embaixada americana.
Segundo Paulo Vinícius Santos, da direção nacional da União da Juventude Socialista, o ato contra Bush tem o objetivo de denunciar a violência do imperialismo americano. "Nós vamos à embaixada mostrar o que o povo e os estudantes brasileiros repudiam em relação a esse imperialismo", afirmou.
Santos destacou que os estudantes têm como eixo central da manifestação demonstrar que não aceitam que o Brasil dê não nenhum passo atrás na sua política externa. "Não aceitamos ingerência dos Estados Unidos em nosso país; não aceitamos a Área de Livre Comércio (Alca); não aceitamos a base militar americana no Paraguai; não aceitamos nenhum passo atrás na integração latino-americana. Queremos denunciar publicamente à população o repúdio a esse assassino (Bush)", disse Santos.