Brasília – Governo e professores das universidades federais encerraram a reunião de hoje sem chegar a um acordo para o término da greve da categoria que já dura mais de dois meses.
A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, afirmou que o governo não avançou em relação à proposta apresentada na reunião anterior.
"O que ocorreu hoje, para nós, foi uma profunda decepção", disse. "O que o governo fez foi nos entregar formalmente um documento, em que ele reproduz e ratifica exatamente a mesma proposta entregue nas duas últimas rodadas de negociação que já foram rejeitadas por unanimidade pela categoria."
O secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira, afirmou que o governo acrescentou ao documento anterior a proposta de criação de um grupo de trabalho para definir um novo plano de carreira para os professores.
"Houve uma novidade significativa que é a formação de um grupo de trabalho para a reestruturação da carreira conjunto, para discutir uma carreira comum entre professores de primeiro, segundo e terceiro graus", afirmou Teixeira. Na proposta do governo, já estão assegurados R$ 500 milhões para aumento salarial.
De acordo com o Andes, cerca de 65% a 70% dos professores estão paralisados em 40 universidades federais.
Ufal
Está marcado para a próxima terça-feira uma assembléia dos docentes da Universidade Federal de Alagaos, na Reitoria, para avaliar a situação.
Em Alagoas, a greve começou no dia 27 de setembro e prejudica cerca de dois mil estudantes.