PIB de Alagoas atinge R$ 10 bilhões

O Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas registrou uma alta real de 2,8% em 2003, segundo dados divulgados hoje, pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é o quarto maior do Nordeste e mostra uma trajetória de recuperação após a queda nos índices econômicos e sociais durante a década de 90. O crescimento das riquezas alagoanas é um dos destaques do estudo “Contas Regionais 2003”.

A soma de todas as riquezas geradas em Alagoas saltou de R$ 8,767 bilhões, em 2002, para R$ 10,326 bilhões em 2003, diminuindo a distância para o vizinho Sergipe, que está imediatamente à frente do nosso Estado na tabela nordestina. Vale citar que, nas décadas de 70 e 80, Alagoas chegou a ocupar a 4º colocação regional, despencando para a oitava, após a crise enfrentada na década de 90.

Outro dado positivo para Alagoas, segundo o IBGE, é que o PIB per capita (média de quanto cada alagoano gerou de riqueza no ano) teve crescimento nominal de 16,6%, saltando de R$ 3.012 em 2002, para R$ 3.505 em 2003. Descontando-se a inflação do período, chega-se a uma alta real superior a 5%, uma das dez maiores do país.

A participação percentual do Estado no PIB nacional ficou estável, na casa de 0,7%, embora a participação numérica tenha crescido, já que Alagoas apresentou números acima da média nacional – que registrou alta de 0,5%. Em relação ao Nordeste, esse índice ficou na casa dos 4,2%.

Segundo o IBGE, o PIB de Alagoas ficou à frente da “trindade” nordestina – Bahia, Pernambuco e Ceará – que costumam registrar as maiores altas da região. O Estado também cresceu mais que os três maiores PIBs do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que registraram uma estagnação no período.

Desenvolvimento

Ao contrário dos estados nordestinos, que se destacaram em 2003 por causa de sua grande área geográfica e avanço na produção de grãos – casos de Piauí e Maranhão -, Alagoas teve como destaque os números apresentados pelos setores sucroalcooleiro, gás natural, energia, comércio e administração pública.

Para o secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, o crescimento no PIB registrado em Alagoas deve-se ao “enfretamento dos problemas sociais e melhoria nos índices”.

Segundo ele, a política pública que o governo vem adotando é determinante na recuperação do espaço perdido nos últimos anos. “Tivemos avanços significativos, mesmo com o pouco investimento externo. Isso é fruto de trabalhos como os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e políticas sociais, focadas no crescimento pela distribuição de renda. Esses avanços foram cruciais para os números positivos”, analisa o secretário.

Arnóbio complementa, afirmando que o PIB tende a crescer muito mais com a inauguração de obras como o Centro Cultural e de Exposições e do novo aeroporto, que vão resultar em um aumento no número de turistas e atração de novas empresas.

“Hoje, voltamos a ter um foco de desenvolvimento e voltamos ao cenário nacional. A política de atração de investimentos, que vêm em médio e longo prazo, tende a dar resultados expressivos e ter um impacto positivo na economia. Isso é bom para todos os setores e para o Estado como um todo, que cresce de forma sustentável”, finaliza o secretário.

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