Técnicos da Secretaria Executiva de Saúde iniciaram hoje e continuam até o próximo dia 11, o teste tuberculino em todos os reeducandos e servidores do Sistema Prisional para traçar um perfil da situação epidemiológica nos presídios.
O teste é a aplicação da Proteína do Bacilo Derivado (PBD) no braço, aplicada por via intradérmica, onde a reação no local determina se a pessoa tem ou não tuberculose. Segundo a representante do Ministério da Saúde, Ivanize de Holanda Cunha, com o exame vai ser possível detectar os infectados com a doença.
“Atualmente trata-se apenas quem desenvolve a doença. Mas o diagnóstico e, principalmente, o perfil epidemiológico nas unidades prisionais é muito importante para se ter o controle da tuberculose no Sistema Prisional”, ressalta a diretora de saúde do Sistema Prisional de Alagoas, Silma de Oliveira Santos.
Os presídios são lugares de fácil contágio da doença por causa do ambiente pouco arejado, além da grande concentração de pessoas por metro quadrado em conseqüência da superlotação.
“É preciso ressaltar que a tuberculose tem cura. A nossa maior preocupação com os presos é o fato de os presos largarem o tratamento. Outro ponto preocupante é o preconceito ainda existente com o doente de tuberculose. Com o diagnóstico precoce vai ser mais fácil de tratarmos os pacientes dentro das unidades prisionais”, completa Silma.
O tratamento da tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial, no serviço de saúde mais próximo à residência do doente. A hospitalização é indicada apenas para os casos graves ou naqueles em que a probabilidade de abandono do tratamento, em virtude das condições sociais do doente, é alta.
Hoje, a aplicação do PBD foi realizada nos reeducandos e servidores das unidades prisionais Rubens Quintella e Colônia Agroindustrial São Leonardo. Amanhã, será a vez dos reeducandos dos presídios Baldomero Cavalcanti e Cyridião Durval receberem tratamento.
Já na próxima quarta e sexta-feira (09 e 11) será realizada a leituras das reações da aplicação, quando será traçado o perfil da situação epidemiológica dos presídios.