As atuações do Banco Central têm interferido pouco na cotação do dólar. A divisa norte-americana registrou nesta segunda-feira a sexta queda seguida ao recuar 0,36% e fechar a R$ 2,2040, menor valor desde 27 de abril de 2001, quando encerrou o dia a R$ 2,201.
José Roberto Carreira, da corretora Novação, avalia que "há uma sobra de dólares no mercado" doméstico.
"Os juros altos continuam atraindo capital estrangeiro para o país", disse Carreira.
Segundo ele, como a autoridade monetária tem comprado pouco no câmbio à vista, não provoca tanta pressão sobre a moeda norte-americana.
De acordo com operadores, o BC aceitou hoje 14 propostas de nove bancos para comprar dólares.
Os bons resultados da balança comercial brasileira também colaboram com a entrada de recursos no Brasil.
A balança registrou superávit de US$ 889 milhões na primeira semana de novembro (dias 1 a 6), que contou com apenas três dias úteis. O resultado é a diferença entre as exportações de US$ 2,042 bilhões e as importações de US$ 1,153 bilhão no período.
Apesar de poucos dias, a média diária –total negociado por dia útil– está alta. A das exportações está em US$ 680 milhões, acima da registrada no mês de outubro, que foi de US$ 495,2 milhões. Já a média das importações está em US$ 384,3 milhões, contra os US$ US$ 310,9 milhões do mês passado. O superávit de outubro foi de US$ 3,686 bilhões.