O Ministério da Educação, após várias negociações com o Ministério do Planejamento, oferece aos professores do ensino superior uma proposta de aumentar em R$ 504 milhões a remuneração da categoria em 2006. E também de criar a classe de professores associados. Com a ascensão desses professores, de acordo com o secretário executivo adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira, o orçamento para remunerar a categoria terá um aumento de R$ 700 milhões em 2007. Desde o dia 30 de agosto, professores universitários estão em greve por melhores salários.
Cerca de oito mil professores (os adjuntos 4, topo da categoria) podem ir para a nova classe (associados), tendo progressão na carreira. O ministério propõe, ainda, um aumento de 50% nos atuais percentuais de titulação dos professores e aumento da Gratificação por Estímulo à Docência (GED) de 65 para 115 pontos.
A proposta do MEC, segundo Teixeira, propicia um aumento médio entre 10% e 11%. “Parte dos professores ganhará até 25% de aumento”, disse na terça-feira, 8, em palestra aos reitores, que participaram da reunião do conselho pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.
Outro ponto da proposta é a disposição de criar um grupo de trabalho para formular um novo plano de carreira dos professores, voltado para a valorização do trabalho docente e da estrutura das instituições federais de ensino superior. O plano unifica carreiras dos docentes com os professores do ensino básico das universidades e Cefets com cursos de graduação. São propostas que atendem à perspectiva de melhoria salarial para os quadros qualificados e possibilitam maior progressão na carreira.