Surpresa na recontagem hoje de manhã: o governo perdeu. No final, 171 deputados assinaram a prorrogação da CPI dos Correios até 11 de abril de 2006 (sem a prorrogação a investigação seria extinta daqui a um mês, em 11 de dezembro). Esses 171 eram o mínimo necessário, o número justo, para haver a prorrogação. Grande vitória da oposição.
Espetacular derrota do governo
Na madrugada de ontem para hoje, o total anunciado de apoios à prorrogação era de apenas 170 deputados –um a menos que o necessário. Ocorre que a apresentação dos nomes se dá em meio a grande confusão, com dezenas de requerimentos com os nomes sendo entregues em separado.
Coube à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara fazer a contagem detalhada e a conferência das assinaturas. E agora de manhã veio a péssima notícia para o Palácio do Planalto: havia 171 nomes de deputados confirmandos apoiando a prorrogação da CPI dos Correios.
Trata-se de uma derrota gi-gan-tes-ca para o governo. Não há como reverter. Lula terá de aturar a investigação até abril, em meio ao processo eleitoral aberto.
Ontem, ministros em toda a Esplanada se esfoçavam para retirar nomes. O governo jogou com o seu time titular. Lula havia dado ordens explícitas. Márcio Thomaz Bastos e Dilma Roussef, entre outros, entraram na luta pela retirada de nomes. Quando eram mais ou menos 18h de ontem, Dilma ligou para MTB e afirmou que o governo conseguira um número bom para derrotar a oposição. Festejaram antes da hora. Dilma estava errada. A articulação política de Lula fracassou, mais uma vez.
Aliás, o articulador oficial, Jaques Wagner, está em… Bruxelas, na Bélgica.