O projeto Escola de Fábrica, criado em setembro pelo governo federal, através da edição da Lei 11.180, foi discutido hoje, 11, pelos secretários municipais de Educação do Estado. O projeto significa um novo modelo de educação profissional, colocado em prática pela iniciativa privada no estado de São Paulo, há cerca de dois anos, e tem a finalidade de promover a qualificação profissional a jovens incluídos na faixa etária dos 16 aos 24 anos e deve atender, somente na capital, cerca de 8,3 mil alunos.
Em Alagoas, a Escola de Fábrica está em funcionamento de forma incipiente, pois o único parceiro a formar parceria foi a Fundação Teotônio Vilela, desde o final do ano passado. De acordo com a coordenadora nacional do projeto, Jane Bauer, do Ministério da Educação (MEC), cerca de 12 mil alunos, distribuídos em 250 municípios, são atendidos, atualmente, pelo projeto. Ainda de acordo com Jane, as aulas são ministradas em 558 escolas espalhadas pelas cidades parceiras do ministério.
A secretária-adjunta de Educação do município, Betânia Toledo, explica que a secretaria municipal de Educação (Semed) já iniciou os contatos com as instituições identificadas como possíveis parceiras. Para isso, a iniciativa privada deve oferecer o espaço físico para a realização de estágio dos alunos selecionados, os quais recebem uma bolsa de R$ 150 mensais, a serem pagos pelo MEC. A Escola de Fábrica pode funcionar nas áreas urbana e rural.
Por este motivo, conforme declarações de Betânia Toledo, os municípios do Interior do Estado são apontados como primordiais para o bom andamento do projeto, especialmente os de maior porte, devido a instalação de empresas com estrutura suficiente para absorver os alunos. “Na maioria das cidades onde o projeto funciona, os alunos, após qualificados, são contratados pelas empresas”, explica Betânia, acrescentando que outro fator importante para incentivo da Escola de Fábrica é a tentativa de evitar a evasão escolar, muito comum na rede pública de ensino.