“Sua visita à Assembléia foi motivada por denúncias do deputado Alves Correia (PMN) de que haveriam irregularidades no transporte dos estudantes da rede pública estadual de Arapiraca que moram na zona rural do município.”
O fragmento reproduzido acima, extraído do jornal “Tribuna de Alagoas”, é parte de texto relativo à visita do secretário executivo de Educação, José Márcio Malta Lessa, à Assembléia Legislativa com o objetivo de falar sobre o transporte escolar no interior do Estado de Alagoas.
Do ponto de vista gramatical, o que suscita o comentário de hoje é o emprego do verbo “haver”. No sentido de “existir” ou ocorrer”, o verbo “haver” é impessoal. Isso quer dizer que, à semelhança dos verbos que exprimem fenômenos da natureza (“chover”, “nevar”, “ventar” etc.), não admite sujeito. Conseqüentemente, não admite flexão de número e pessoa. Daí ser correta a construção “haveria irregularidades”, e não “haveriam irregularidades”.
A confusão ocorre, entre outros motivos, em virtude de os sinônimos de “haver” serem verbos que se flexionam normalmente, dado que têm sujeito com o qual concordar. Assim: “Existiriam irregularidades”, “Ocorreriam fatos irregulares”.
Veja, abaixo, o texto corrigido:
Sua visita à Assembléia foi motivada por denúncias do deputado Alves Correia (PMN) de que haveria irregularidades no transporte dos estudantes da rede pública estadual de Arapiraca que moram na zona rural do município.