Cerca de 30 integrantes do grupo de dança Afro-brasileira Malungo do Ilê, de Maceió, realizam um protesto em frente à Delegacia da Mulher, no Centro, contra a morosidade da Justiça, em resolver os crimes de racismo no país.
Nas vésperas do Dia da Consciência Negra, militantes do movimento negro reúnem-se em favor da pedagoga Maria José que, em dezembro do ano passado, foi vítima de racismo, quando fazia compras no supermercado Santa Amélia, no Tabuleiro.
"Eu estava para passar as compras no caixa e não acreditei que ela me chamou de negra e agiu com preconceito", explicou Maria José.
No local, também estava o marido da agressora, o advogado Tarcísio César, que foi identificado pela placa do carro. O crime ocorreu no dia 24 de dezembro e até hoje a agressora ainda não foi identificada.
Neste momento, a delegada da mulher, Fabiana Leão realiza acareação entre a vítima e Tarcísio César, que se recusa em revelar a identidade de sua esposa.
O advogado de Maria José, Alberto Jorge, o Betinho, afirmou que vai entrar com uma ação criminal contra a acusada, que pode cumprir de um a três anos de prisão, caso seja comprovado o crime de racismo.