A seleção brasileira masculina de vôlei tomou um susto, mas conseguiu a segunda vitória na Copa dos Campeões, que é disputada no Japão, ao bater, por 3 sets a 2, a China, em jogo na madrugada de hoje. As parciais foram 23/25, 26/28, 25/11, 25/18 e 15/10. Na estréia, o Brasil venceu os Estados Unidos por 3 a 1.
Atuais campeões olímpicos, mundiais e da Liga Mundial, os brasileiros foram surpreendidos pelo jogo da seleção chinesa. Depois de perder os dois primeiros sets, o Brasil se concentrou e conseguiu virar a partida, vencendo por 3 a 2. O próximo jogo do Brasil será na manhã desta sexta-feira, às 7h, contra a seleção do Japão.
Além do Brasil (campeão Sul-Americano) e da China (seleção convidada), ainda disputam a Copa dos Campeões o Japão (país-sede), a Itália (campeão da Europa), o Egito (campeão da África) e os Estados Unidos (campeão da Norceca). Todas as seleções jogam entre si em turno único. A equipe que somar mais vitórias é a campeã.
Criada em 1993, a Copa dos Campeões é disputada de quatro em quatro anos. Em 1997, o Brasil conquistou o título. Em 1993 e em 2001, a seleção brasileira terminou em segundo lugar.
Na semana passada, o Brasil conquistou a Copa dos Campeões feminina, que também foi disputada no Japão.
O jogo
Nem o mais otimista dos chineses podia esperar um jogo tão difícil para o Brasil. Nos dois primeiros sets, os jogadores da China deram um verdadeiro show no fundo de quadra e, literalmente, soltaram o braço no saque.
O resultado da estratégia chinesa foi muito claro no primeiro set, quando a equipe se manteve sempre à frente no marcador. Os saques forçados dificultavam a recepção brasileira, que, em conseqüência disso, não tinha um ataque muito eficiente. Dessa forma, em um erro de saque de André Nascimento, a China fechou o set em 25/23.
No segundo set, o Brasil voltou melhor, mas ainda não conseguiu impor seu ritmo. Jogando sem nenhuma pretensão, a pouco conhecida seleção da China se mostrava inspirada, errando muito pouco e encaixando saques cada vez mais fortes. O Brasil forçava, mas não conseguia passar à frente. Assim, em um ace, os chineses fecharam o set em 28/26.
O que parecia absurdo cerca de uma hora antes, uma vitória da China, agora estava ao alcance dos jogadores. A possibilidade de bater a equipe mais forte do mundo parece que foi demais para a jovem seleção chinesa. O terceiro set começou como todos imaginavam que seria o jogo desde o início: fácil para o Brasil. Aproveitando os seguidos erros da China –novidade no jogo–, o Brasil não deu chances. Com ótima atuação no bloqueio, abriu cinco pontos logo no começo e manteve o jogo forte até o fim. Em um erro de saque chinês, o Brasil fechou em 25/11.
O quarto set começou parecido com terceiro. O Brasil embalado, e a China cometendo erros bobos –pelo menos, comparando com a atuação deles nos dois primeiros sets. Mantendo o ritmo de pressão no saque e a boa atuação no bloqueio, a seleção brasileira conseguiu conduzir o set sem maiores dificuldades. Em um ataque do central Rodrigão, o Brasil fechou o set em 25/18.
A decisão foi para o tie-breake. O Brasil parecia que ganharia com facilidade. Em uma seqüência de saques de Ezinho, a equipe comandada por Bernardinho abriu 5/1. Mas o chineses venderam caro a derrota, encostando no marcador: 5/4. Em um ponto de bloqueio, o chineses chegaram a empatar o jogo em 7/7. Depois da troca de quadra –quando o Brasil vencia por 8/7–, a seleção brasileira conseguiu dois pontos de bloqueio e um em um contra-ataque, abrindo uma importante diferença –11/7–, que foi mantida até o fim. O destaque do quinto set foi o atacante Anderson, que veio do banco e fez pontos decisivos. Por fim, em um ataque de Ezinho, o Brasil fechou o set em 15/10, e o jogo em 3 sets a 2.