Os fiscais estaduais agropecuários vão ajudar os fiscais agropecuários federais no trabalho de classificação, inspeção, fiscalização e emissão de certificados para exportação, "a fim de conciliar os prejuízos que estão acontecendo na área de exportação" por causa da greve, que atinge dois terços dessa categoria. A informação foi dada hoje pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Guedes Pinto.
Ele informou ainda que o Diário Oficial da União de amanhã vai publicar portaria do ministério delegando aos governos estaduais essas competências.
O secretário afirmou que a medida tem embasamento jurídico. Dentro de 15 dias deverão ser contratados em caráter emergencial 320 médicos veterinários e 220 técnicos agropecuários, que também vão auxiliar os trabalhos que ficaram prejudicados com a greve dos fiscais federais.
Luiz Guedes disse que o governo ofereceu 15% de reajuste nos salários dos grevistas, o que significa 10% de ganho real, e que "num primeiro momento eles não aceitaram". Afirmou ainda que esse é o maior aumento já oferecido pelo governo, "no limite das possibilidades".
Por esse motivo, ele espera "que os grevistas aceitem a oferta, pois, com esse aumento, o salário inicial da categoria fica em R$ 5 mil, valor maior que o dos vencimentos dos técnicos da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] e da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento]".