O fim da manhã foi de caos na cidade de Maceió. O que era para ser apenas mais um protesto de estudantes contra o aumento de passagem do transporte coletivo terminou em confusão e invasão do prédio da Prefeitura Municipal de Maceió.
O prédio teve seu muro parcialmente destruído, janelas e portas quebradas. De um lado, os funcionários da prefeitura afirmam que viveram horas de terror com os estudantes e trabalhadores rurais sem-terra tentando invadir o prédio da intendência.
Do outro, estudantes dos Diretórios Acadêmicos da Ufal, Cesmac e secundaristas afirmam que pretendiam, apenas, entregar um protocolo aos técnicos da Prefeitura.
O tumulto teria começado, segundo os estudantes, pela informação de que o prefeito Cícero Almeida pretendia sair por uma lateral do prédio da Prefeitura. “A manifestação se descontrolou por alguns instantes e alguns membros forçaram a entrada no prédio”, declarou o estudante.
A partir daí a confusão foi geral. Os manifestantes derrubaram uma pilastra que dava sustentação ao muro, destruíram janelas, quebraram vidros de um carro que estava no estacionamento e derrubaram uma porta que dá acesso ao protocolo da prefeitura.
Após a entrega dos documentos, os estudantes se dirigiram ao prédio do Ministério da Fazenda, na Avenida da Praia, onde se encontraram com os trabalhadores rurais sem-terra, que haviam bloqueado a avenida e aguardavam o término da reunião entre as lideranças do movimento e o vice-governador Luís Abílio, na Vice-governadoria do Estado, no Farol.
Segundo as lideranças presentes ao prédio do Ministério da Fazenda em Alagoas, a ocupação se deu de forma pacífica e a expectativa era de que as reivindicações dos trabalhadores seriam atendidas durante a reunião com o vice-governador.
Um dos pontos principais na pauta do Governo do Estado é a desocupação de todos os prédios públicos por parte dos movimentos de trabalhadores, para só então dar início ao processo de negociações.