“Aldo abriu a sessão às 19h35, quando o quórum no placar eletrônico era de 287, ainda baixo para uma votação dessa importância. Num primeiro momento, a orientação do PT foi não marcar presença. À medida que o quórum foi crescendo , o partido desistiu da estratégia.”
O fragmento reproduzido acima, extraído de texto da publicação “O Jornal”, apresenta o emprego, ainda que usual, indevido do termo “quórum”.
O trecho foi retirado de notícia alusiva à votação, realizada ontem, em que José Dirceu teve seu mandato cassado. O redator refere-se à estratégia a princípio adotada pelo PT, segundo a qual os membros do partido não deveriam marcar presença.
O que explica a estratégia petista é a necessidade de haver um número mínimo de parlamentares presentes para que se realize a votação. Esse número mínimo é o que se chama “quórum”. Não há, portanto, “quórum baixo”; também não é correto dizer que o “quórum cresce”.
Em suma, “quórum” (palavra latina que pode ser aportuguesada, com o uso do acento agudo no “ó”, ou escrita em latim, sem o acento) é o nome que se dá ao número mínimo de pessoas presentes exigido por lei ou estatuto para que uma assembléia possa deliberar e tomar decisões válidas.
O redator usou o termo “quórum” no lugar de número de parlamentares. Para fazer essa correção, é necessário reformular o texto. Abaixo está uma sugestão:
Aldo abriu a sessão às 19h35, quando o placar eletrônico marcava a presença de 287 parlamentares, número ainda pouco expressivo para uma votação dessa importância. Num primeiro momento, a orientação do PT foi não marcar presença. À medida que a quantidade de congressistas foi aumentando, o partido desistiu da estratégia.