O censo escolar deste ano revela que a Aids e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são debatidas com estudantes de 93% das escolas públicas brasileiras. Tal percentual é atingido graças a ações de prevenção do governo, como o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, desenvolvido em parceria pelos ministérios da Saúde e da Educação e as redes públicas de ensino. A meta é prevenir os jovens dos riscos de contrair essas doenças, propondo, por exemplo, a distribuição de preservativos aos alunos.
Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira, 30 de novembro, foram registrados no ano passado 3.671 casos de Aids entre rapazes de 13 a 29 anos no país. Em 1998, o total chegava a 5.028. Entre as meninas de 13 a 24 anos, houve uma pequena redução nesses seis anos – de 1.483 para 1.455 –, mas na faixa etária de 25 a 29 anos o número subiu de 1.943 para 2.004.
“Os níveis de infecção nesta faixa dos 25 aos 29 anos ainda são mais elevados do que nas outras, mas o bom resultado é conseqüência das políticas de prevenção do governo. Prova que os jovens estão com mais responsabilidade, lúcidos e conscientes do perigo”, afirma Francisco Potiguara Cavalcanti Junior, coordenador-geral de políticas do ensino médio do MEC.
No próximo dia 9, os dois ministérios e mais a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgarão informações mais recentes do programa.