Em greve há 87 dias, professores da Universidade de Brasília (UnB) realizaram mais uma assembléia hoje. E decidiram pela permanência da paralisação. Foram 66 votos a favor pela continuidade do movimento, nove contra e três abstenções. Os grevistas dizem que a responsabilidade pelo término do movimento é do governo. O Ministério da Educação (MEC), entretanto, encerrou as negociações com a categoria há mais de uma semana.
Após a assembléia, professores da universidade decidiram atuar em outra frente. Eles pretendem elaborar um projeto de lei com as reivindicações da categoria, que seria enviado ao Congresso Nacional. A intenção é levar a proposta para a próxima reunião do Comando Nacional de Greve, amanhã, em Brasília.
O presidente da Associação dos Docentes da UnB (AdUnB), Rodrigo Dantas, voltou a criticar a postura do governo. “O movimento desgasta os professores e os alunos, mas é a única forma que temos para buscar nossos direitos”, afirmou.
Ele revelou que a Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes) protocolou hoje no Palácio do Planalto manifesto com a assinatura de 71 senadores e 230 deputados. O documento pede que as negociações entre o MEC e a categoria sejam restabelecidas.
O projeto que será enviado pelo governo ao Congresso Nacional, e que é rejeitado pelos professores, está no Ministério do Planejamento. O departamento jurídico do órgão está analisando a proposta.
Alagoas
Em Alagoas a situação é igual a dos professores do distrito federal. Em assembléia realizada na última terça-feira, decidiram continuar com a greve, pelo menos até a próxima semana, quando realizam nova assembléia na reitoria, afim de rever as estratégias de negociação.