O governo vai realizar concurso para seleção de quatro mil professores universitários. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Santo André (SP), ao lançar a pedra fundamental da Universidade Federal do ABC, recém-criada pelo governo federal. Lula acrescentou que na próxima semana haverá uma reunião ministerial para tratar de educação, e que o ministério detalhará, na quarta-feira, como será a seleção dos docentes.
Em seu discurso, depois de enaltecer a importância da educação no desenvolvimento do país, Lula destacou programas governamentais como o Universidade para Todos (ProUni) e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). Ele disse que o ProUni deu a 112 mil estudantes carentes a oportunidade de conseguir vaga em universidades particulares, com direito a financiamento das mensalidades.
"Desse total, 38 mil são negros, fato inédito na história do país, e 1,2 mil são indígenas", afirmou. Já o ProJovem, observou, atenderá, este ano, 200 mil pessoas – de 18 a 24 anos -, que não terminaram o ensino fundamental. "É o maior de todos os programas educacionais de meu governo", destacou. Os jovens selecionados estudam, recebem ajuda mensal de R$ 100 e prestam serviço comunitário na sua vizinhança.
O presidente defendeu que os professores tenham um salário justo e que haja uma política de adequação salarial, "algo que não foi feito nos últimos 20 anos". A única crítica foi para o programa chamado Progressão Automática, pelo qual o aluno não é avaliado por meio de testes, aprovando-o ou não para cursar o ano seguinte. "Não tem um momento em que a gente pára para pensar se o aluno está aprendendo", comentou.
Ele lembrou ainda que o mundo globalizado é exigente, e que por isso o aluno tem de ser bastante exigido. "Eu quero que a gente seja rígido para disciplinar os alunos, pois isso é garantia de que o aluno vai ter um futuro decente", concluiu.