Um carinho ameaçador de cerca de 700 torcedores, segundo a Polícia Militar, foi o beijo de despedida que o grupo do São Paulo recebeu no embarque no aeroporto de Guarulhos, rumo ao Mundial de Clubes, no Japão.
A massa são-paulina, com instrumentos de percussão, câmeras, canetas e muita disposição, partiu para cima dos jogadores, vestidos de terno e gravata, assim que o ônibus do clube parou.
O técnico Paulo Autuori, o goleiro Rogério e o zagueiro Lugano foram os mais amarrotados pela voracidade dos fãs. O goleiro chegou a se irritar quando uma torcedora tocou sua cabeça, enquanto seguranças e policiais o acompanhavam até o embarque.
Facções organizadas, famílias e casais são-paulinos não mediram esforços para externar a paixão.
"Já esperava algo desse tamanho", disse o lateral Júnior, que não se incomodou com a confusão. "O Brasil é assim mesmo, a gente gosta dessa festa". Para Danilo, a energia mostrada pelos torcedores "é o mais importante". "Nunca tinha visto isso".
Nem em outros países. O inglês Darren Matschull, torcedor do Chelsea que estava de passagem, ficou muito surpreso. "Na Inglaterra isso não costuma acontecer", disse ele, que acha que o Liverpool, que também disputa o torneio da Fifa, "não tem a menor chance" diante do time do São Paulo. "É um time bastante respeitado na Europa".
O médico José Sanches disse no check-in que o zagueiro Flávio Donizete foi incorporado ao elenco, já que Alex, com entorse no tornozelo direito, ainda pode ser cortado. O São Paulo pode mudar nomes na lista, se for por motivos médicos. O time faz conexão em Frankfurt (Alemanha) e chega a Tóquio quarta-feira, às 7h45 (horário de Brasília).
