Um senador do PSDB paranaense e um deputado federal do PDT potiguar, ambos chamados Alvaro Dias, estão envolvidos em uma pequena batalha legal no Congresso para decidir qual dos dois tem direito de ser conhecido na vida pública pelo nome.
O Alvaro Dias tucano foi quem deu o primeiro passo. Ele pediu à direção do Congresso que obrigue seu homônimo pedetista a adotar outro nome "político".
O senador alega que é conhecido por esse nome há trinta anos, mas o deputado diz que faz 18 anos que utiliza esse nome na política.
O tucano foi batizado como Alvaro Fernandes Dias e o pedetista, como Alvaro Costa Dias.
Em sua atuação política, os dois eliminaram o primeiro sobrenome e ficaram com o Dias.
O tucano disse a jornalistas que a existência de seu homônimo "criou confusão na opinião pública e acarreta transtornos para ambos". Por isso, quer que o outro Alvaro Dias mude de sobrenome.
Mas o pedetista se nega. "Faz 18 anos que sou conhecido assim na minha terra. Se eu mudar de nome, ninguém saberá quem eu sou e isso será uma enorme desvantagem para minha vida política", disse.
Em um primeiro momento, a Mesa Diretiva da Câmara se inclinou por deixar as coisas como estão, pois, segundo o regulamento interno, cada legislador tem o direito de escolher o nome pelo qual quer ser conhecido pelos eleitores.
No entanto, o senador tucano não cede, e disse que continuará lutando para ser reconhecido como "o único Alvaro Dias" do Congresso.