Na prestação de contas da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente em 2002, o PT disse ter pago R$ 795,7 mil a uma empresa cujo objeto social nada tinha a ver com o serviço remunerado e cujas sócias dizem nunca ter participado dela, relata Chico de Gois, em reportagem publicada neste domingo na Folha de S.Paulo.
O partido apresentou notas fiscais da Santorine Comercial e Distribuidora Ltda. para provar que o serviço –fabricação de faixas e bandeirinhas– foi feito.
Mas o contrato social da empresa a definia como atacadista de alimentos e bebidas.
Na Junta Comercial e na Secretaria Estadual da Fazenda, a Santorine, fechada em 2003, informava dois endereços, em Campinas. Um funcionário de um e o dono do outro negam que os locais tenham abrigado a empresa. Três ex-sócias negam ter participado dela.
O PT diz que o negócio com a Santorine teve "trâmites legais" e que o TSE aprovou as contas da campanha.